- Elim querida, trouxe seu café da manhã. – Disse a babá.
- Obrigada Suzane, pode entrar, o que me trouxe hoje? – Respondeu Elim, que na época tinha três anos de idade, mas aparentava cinco anos por tamanho e sete por inteligência.
Elimmay não era muito rica, morava em uma casinha, cuja havia sido da tia avó Maruska, que após a morte foi herdada por Fred e Serafinna Bjorn, a casa havia sido reformada, e estava em boa forma. Ficava situada nas mais altas montanhas do norte da Áustria e o quarto de Elim ficava no segundo andar, onde antigamente era um pequeno sótão, na época reformado e ampliado, surgindo uma sacada para o pequeno pomar da casa.
Suzane esperava na soleira da porta, que ficava na frente da cama.
- Venha ver minha pequena! É o que você mais gosta. – Suzane disse com a voz meiga como de uma fada.
Então Elim se levantou, após bocejar, chegou à frente de Suzane a espera que ela abaixasse a pequena bandeja.
- Obrigada SUZY, obrigada mesmo, você é um anjo! – Disse Elim por sua vez assim que viu o suco de acerola e ao lado um pão preto com creme de coco dentro. Sim isso era com certeza o que Elimmay gostava mais na vida. Pegou logo a bandeja e saiu correndo a espera de um lindo amanhecer.
Era exatamente 6h30 quando Elim reparou em um pequeno animal movendo-se entre as folhas da macieira. Observou por longos 15 minutos e concluiu que aquilo era um pequeno esquilo cor-de-mel. Interessada no pequeno animal, vestiu-se em um vestido florido de azul lavanda e verde limão e colocou-se a abrir gavetas a mais gavetas à esperança de achar ‘deliciosas’ castanhas de madeira feitas por seu avô.
- ACHEI! – Gritou Elim, pouco antes de tampar a boca com a mão, lembrando-se de que a prima de 5 anos ainda estava dormindo no quarto ao lado.
Desceu escorregando pelo corrimão das grandes escadas, e já se viu em frente à porta que dava para o fundo da casa, ou melhor, o pomar. Satisfeita, pegou o chaveiro de lasquinhas de pau-brasil,onde ficavam nove chaves, a sua preferida era a maior que já estava a sua espera, era a chave daquela porta mesmo, pegou a chave e girou rapidamente no pequeno buraco onde se encaixava perfeitamente.
Era como Elim estivesse livre, saltitou, correu livre, girou na grama e subiu em um galho da jabuticabeira. Assim que se sentiu livre o bastante, lembrou do pequeno esquilo:
- Pequeno esquilo,
Cheguei aqui para te salvar,
Vem logo aqui,
Tenho algo para te dar. – Cantarolou Elimmay muito feliz, até que ouviu uma resposta:
- Não sou burro!
continua ...

